A improvisação é uma forma de produção ou de interpretação de forma relativamente livre mas sem que o resultado final fique fora dos parâmetros da congruência.
Fica a certeza que a maior parte dos músicos não têm capacidades para improvisar e, por isso, eleva-se o conceito de tal forma que a improvisação é considerada uma arte (vide Improvisations).
Seja na música seja noutra actividade qualquer, a improvisação é uma ferramenta que só pode ser utilizada em cenários favoráveis e com bons executantes, aliás como qualquer ferramenta.
O problema é a eterna confusão entre a OBRA DO MESTRE PICASSO com o PICA-AÇO DO MESTRE DE OBRAS.
Muitas vezes, em nome da improvisação, o que se faz é atamancar uma situação (para não qualificar doutra forma) sem acrescentar valor ao resultado final ou mesmo tirando valor.
Faz-me lembrar a “improvisação” do pretensioso jovem advogado, com escritório aberto há 1 mês e ainda sem nenhum cliente, quando vê finalmente um homem a entrar pela porta do escritório.
Apressado, o advogado pega no telefone e simula uma conversa:
- Ai sim? E o que lhe disseram? Que somos os melhores? Pois, é o costume, sabe como é... Olhe, fico contente por termos resolvido o seu caso, ainda para mais tendo em conta que era um caso tão difícil. Muito bem, concerteza, até breve e obrigado.
E, pousando o telefone, diz ao homem que tinha entrado:
- Em que posso ser útil?
- Eu sou da companhia dos telefones... vim ligar o telefone...
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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