TVGolo.com - Ultimos Golos

sábado, 27 de setembro de 2008

A good experience

Visitei Manhanttan no ano passado. Assumo que de início tive uma reacção de algum desagrado…Afinal, depois de ter visitado e ter ficado apaixonado pela City de Londres (retirando o depressivo contexto meteorológico), New York assumia-se totalmente diferente. Ali visitava-se a loja da Apple, a quinta avenida e seu glamour, o edifício deste e daquele…portanto, diferente.

Mas surgiu o inesperado. Dia a dia, aquele ambiente, aquela dimensão, aquela vivência vai-se apoderando de nós e damos connosco a pensar que conseguiríamos habitar aquele espaço.

A principal razão talvez seja esta: embora fosse a primeira visita a Manhattan, eu surpreendentemente conheci-a…são os filmes, os seriados, as noticias, os videoclips. E somente confirmamos que a Broadway, a 5ª Avenida, e Empire, o Central Park são exactamente como as conhecíamos. Dejá vous…(sublinhe-se o Central Park: aquela mancha rectangular verde colocada no meio do cimento é um milagre…bem como os esquilos, as charretes, a malta a correr de ipod ou mesmo a empurrar o carrinho do “pilas” num simultâneo babysitting and jogging ).

Entre muitas experiências, só quero relatar uma: chama-se B&H. É uma loja de venda de equipamentos de fotografia, vídeo e áudio e tem tudo, num espaço de 11 mil m2, para os amadores e para os profissionais (e para os amadores que são profissionais e para os profissionais que não passam de amadores). Depois, como tem um bom relacionamento com os fornecedores, garante excelentes preços finais.

A B&H, iniciais do proprietário e da sua esposa, existe há mais de 30 anos. O dono é judeu ortodoxo, bem como a maioria dos empregados da loja. E isso vê-se! Está bem patente nos caracolinhos suspensos de cada lado da cabeça e nos dias de fecho da loja…ou seja, em todos os dias de efeméride judaica!!!

Além do conhecimento técnico daquela malta, a simpatia é de assinalar. Fui atendido por um asiático. Quando soube que eu era português, prontamente disse: “Também sei dizer uma palavras de Português!”. E, de seguida, dispara: “Tudo bem, tudo bom”.
Depois explica-me que teve um amigo brasileiro, o que não surpreende. Acho que na América, só não existem americanos!

Voltando à loja: observam-se e testam-se os equipamento…já sabemos o que queremos e colocamo-nos numa fila única. Dizemos o que queremos e lá vem o material nuns cestinhos rolando nos tapetes suspensos no tecto da loja. Confirmam-se os produtos: bela nikon…esta lente é bem porreira…quero três lentes destas…não posso? Porquê? Só duas por pessoa!!! Então são duas no meu nome e outra noutro nome! Pode ser? Ainda bem! Também quero um filtro de protecção!!Um chega (às vezes comentem-se erros… se são três lentes, também seriam três filtros…sacana da lógica!). Também quero uma mochila e mais três ou quatro coisas. Tudo no conforme…vamos para outra fila pagar e de seguida, na saída da loja, temos todos os nossos zingarelhos já arrumadinhos nos sacos… Bolas, se a organização e métodos não é a melhor ciênciazinha de todos os tempos.

Será, provavelmente o pior sítio para um organizador. Porquê? Porque eles já têm regulamentos ao detalhe do ridículo (mas também se conclui, como resultado dos workshops à volta do almoço, que será sempre mais vantajoso que a ausência de normativos), os processos estão optimizados e os conceito de serviço, de cliente e objectivo já estão disseminados. E nisto, eles são incríveis…

Uma experiência e tanto…que, pelos vistos, não é só minha:

Sem comentários:

Tantos clicks! É ducarassas!

invisible statistics